segunda-feira, 18 de junho de 2012

Hóspedes

Esses dias nós tivemos uma família de hóspedes nada bem-vindos no terraço de casa.

Eu demorei a perceber, já que raramente vou até o andar de cima, onde a minha única tarefa é estender e recolher roupa do varal, coisa que faço uma vez por semana.
O Iuri sim, montou seu estúdio lá, e tomou conta do espaço inteiro, sendo um frequentador mais assíduo.

Certo dia, subia eu pelas escadas com um monte de roupa molhada no ombro quando avistei um casal de pombos trazendo gravetos para cima do aparelho de ar condicionado do estúdio.

Claro que eu não fiz nada a respeito, e convoquei o homem da casa para resolver o assunto:

- Amor, tem um casal de pombos lá em cima.

- Eu sei, já vi.

Viu e não fez nada. Ele é o único que não sabe que pombos trazem doenças e sujam tudo. Mas eu também não iria me aproximar, até porque estaria em desvantagem de número, são dois contra uma.

Na semana seguinte, o pai sumiu (típico), o ninho já estava construído, e a parede toda suja. Aí eu me desesperei.

- Iuri, você tem que tirar aquele pombo lá de cima ... ele já construiu ninho, tá tudo sujo, pombo traz doença, eu não vou mexer lá, eu tenho medo daquele bicho, eu sei que você também não vai encostar neles, chama alguém pra fazer isso, agora que tem ninho ficou mais difícil, já era pra ter tirado esse pombo de lá antes!

- Tá bom, vou tirar.

Mas ele não tirou, e a coisa ficou ainda mais complicada quando nasceu o pombinho. E obviamente ainda não sabia voar.
Então ficamos os dois com pena do bichinho e resolvemos esperar ele crescer e saber se virar sozinho pra expulsá-lo.

O tempo passava e ele não voava, mas fazia barulho, que eu ainda não sabia que era do pombinho. O Iuri tratou de me esclarecer: "É o Henrique." Putz, agora o pombo tem nome.

Outro dia, o Kadu, um amigo mais corajoso, foi lá pra pegar o pombo, e quando se aproximou, o Henrique voou e não voltou mais. Nós ficamos pensando: "Que esperto! se deixasse o cara ia fazer 30 anos e não ia embora enquanto a mãe vinha e trazia comida. E agente pensando que ele não sabia voar."

Agora quem tá boladíssima é a mãe dele, que volta todo dia e não encontra o filho adolescente que resolveu viver a própria vida. Só fica arrulhando: "Grruuu, grrruuu, Cadê o moleque?"

6 comentários:

  1. Adorei Cinthia! Adorei vcs, o blog! Vim parar aqui através do blog da Ju (Dias a Dois) e já virei seguidora! Passem lá no DeVerdade também! Serão bem vindos!
    Abraço!

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    1. Oi Keli,
      fico feliz ... acho que você é a primeira seguidora que eu não conheço pessoalmente, já que o blog só está começando ... to ficando chique. rsrs

      Com certeza vou consultar o DeVerdade e voltar no seu post sobre a hortinha quando for fazer a minha. Estou pensando em uma horta vertical.

      bj

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  2. Um filhote de pombo!!!! como eu disse: uaaau!!!!

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    1. Como eu não cheguei perto o suficiente, não pude ter essa visão rara, mas o Iuri chegou perto o suficiente pra ver.

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  3. KKKKKK
    Adorei o post! Aqui em casa eu também dou nome pra tudo...KKKK
    Fiquei assustada com a quantidade de obra pra fazer... menina, quanta coisa! Mas o lado bom é que termina, viu?! Aqui em casa ainda não terminou, mas estamos chegando lá.
    Quanto ao rodapé, primeiro a instalação e depois a pintura, porque você pode usar a mesma tinta de parede neles.

    Beijos

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    1. Pois é, Ju.
      Tem mt obra mesmo ... mas agora estou tranquila, já que vamos passar uma temporada na minha mãe.

      Obrigada pela dica do rodapé.

      bj

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